E como o lobo bom na paisagem habitada pelo silencio,
e pelos sons do tempo, tomado por uma dor do destino,
morro-me na saudade, e mato-me na solidão, aquela ponte,
fatal para homens que amam, para estranhos como eu.

De repente aparece-me o desejo, da tua voz, a vontade
do teu corpo, a ressonância do calor acalmar o lobo,
fitando a morte a tamborilar a membrana sombria do tambor.

Sou uma folha arqueando pelo coração, a vida inteira.


Alberto Moreira Ferreira

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